Este é um tema que encontrei num site/blog e que como designer gráfica me chocou... principalmente por alguns dos trabalhos terem sido feitos pela mesma pessoa que se auto-denominam de designers, o que mostra uma grande falta de criatividade e originalidade!!
Convido estes senhores a repensarem na profissão que escolheram.
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Fonte: http://solada.wordpress.com/2008/12/20/a-mesma-arte-de-novo/
Ano vai, ano vem, a história se repete. Artistas de menor porte, sem verba para grandes produções ou para adquirirem os direitos de utilização e reprodução de artes exclusivas para capas e encartes de discos, investem economias de anos no lançamento de álbuns e mesmo assim não conseguem oferecer um produto único e distinto ao público. Ao invés disso, caem no conto de designers gráficos renomados que colocam carreiras em risco e expõem grupos ao ridículo.
Lwy Ognia (1987) - Open Fire
Open Fire (2007) - ATP
Em 2007, o Alabama Thunderpussy apostou todas as fichas em seu sexto registro de estúdio, Open Fire. O Stoner Rock de trabalhos anteriores deu espaço a um Heavy Metal mais acessível e tradicional otimizado pela produção de Ian Whalen (Lamb Of God, RPG, Motion Picture Demise) e pelos vocais de Kyle Thomas (Exhorder). A divulgação do CD ficou a cargo de uma gabaritada agência que fortalecera a imagem de conjuntos como Opeth, Anthrax e Superjoint Ritual junto ao público norte-americano. A arte gráfica foi confiada a Ken Kelly.
Sim, Ken Kelly, aquele que entrou para a história em 1976 com Destroyer do Kiss, e que tentou repetir a história em 1987 com Fighting The World do Manowar. Artes diferentes, mas com o mesmo conceito. Para o Alabama Thunderpussy, porém, ele reservou uma surpresa mais astuta. Ofereceu-lhes a obra The Eve Of Legends, utilizada em 1987 pelos poloneses do Open Fire em Lwy Ognia. O LP dos polacos não chegou a sair oficialmente, no entanto, rodou o underground por décadas e ganhou destaque especialmente durante a inesquecível era do ‘tape trading’.
Destroyer (1976) - Kiss
Fighting The World (1987) - Manowar
A confusão acima descrita certamente não foi o único fator a abalar as estruturas do Alabama Thunderpussy. Todavia, envolveu-os em um lamaçal do qual eles não conseguiram se livrar. A péssima repercussão do álbum – por diversas causas, inclusive baixos índices de aceitação do público ao novo direcionamento musical do quinteto de Richmond – redundou em uma turnê cujos shows podemos contar nos dedos. Seis meses após Open Fire, o grupo encerrou mais de doze anos de atividades.
Em 2008, as “vítimas” destas curiosas “coincidências” foram o Evergrey da Suécia e o Ivanhoe da Alemanha. O primeiro, com Torn, precisava se redimir e superar o duramente criticado Monday Morning Apocalypse (2006). O segundo, com Lifeline, procurou reforçar os sinais que dera em Walk In Mindfields (2005): de que não se tratara somente de um efêmero nome cultuado na cena do Metal Progressivo durante a década de noventa.
Desta feita, os dois lados – os suecos com mais badalação e apoio que os alemães – atingiram seus objetivos. Talvez em razão das bases de fãs de cada um, pois, por incrível que pareça, o som dos escandinavos não é verdadeiramente abraçado pela maioria dos admiradores dos germânicos, e vice-versa. Ambos, entretanto, correram risco similar ao que tanto expôs o Alabama Thunderpussy no ano passado.
Lifeline (2008) - Ivanhoe
Torn (2008) - Evergrey
Devemos ressaltar, não obstante as semelhanças nas capas que você confere acima, que Mattias Norén, o aclamado designer gráfico de Evergrey e Ivanhoe, foi competente ao camuflar sua falta de criatividade. A impressão é de que vemos artes diferentes. Um olhar mais atento, contudo, revela-nos que a matriz é a mesma, assim como no caso de Kiss e Manowar.
De qualquer maneira, nada tão explícito quanto o embate que envolveu A Tribute To Insanity (1988) do Hexenhaus e Blessed Are The Sick (1991) do Morbid Angel, no qual a última banda citada simplesmente utilizou a mesma pintura da primeira: Les Trésors de Satan (1895) do simbolista belga Jean Delville (1867 – 1953).
A Tribute To Insanity (2008) - Hexenhaus
Blessed Are The Sick (1991) - Morbid Angel
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As explicações de Mattias Norén, Evergrey, Ivanhoe e mais artes “similares”..podem ser vistas e lidas neste link:
http://solada.wordpress.com/2008/12/22/explicacoes-de-mattias-noren-evergrey-ivanhoe-e-mais-artes-similares/#more-225
Convido estes senhores a repensarem na profissão que escolheram.
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Fonte: http://solada.wordpress.com/2008/12/20/a-mesma-arte-de-novo/
Ano vai, ano vem, a história se repete. Artistas de menor porte, sem verba para grandes produções ou para adquirirem os direitos de utilização e reprodução de artes exclusivas para capas e encartes de discos, investem economias de anos no lançamento de álbuns e mesmo assim não conseguem oferecer um produto único e distinto ao público. Ao invés disso, caem no conto de designers gráficos renomados que colocam carreiras em risco e expõem grupos ao ridículo.
Lwy Ognia (1987) - Open Fire
Open Fire (2007) - ATP
Em 2007, o Alabama Thunderpussy apostou todas as fichas em seu sexto registro de estúdio, Open Fire. O Stoner Rock de trabalhos anteriores deu espaço a um Heavy Metal mais acessível e tradicional otimizado pela produção de Ian Whalen (Lamb Of God, RPG, Motion Picture Demise) e pelos vocais de Kyle Thomas (Exhorder). A divulgação do CD ficou a cargo de uma gabaritada agência que fortalecera a imagem de conjuntos como Opeth, Anthrax e Superjoint Ritual junto ao público norte-americano. A arte gráfica foi confiada a Ken Kelly.
Sim, Ken Kelly, aquele que entrou para a história em 1976 com Destroyer do Kiss, e que tentou repetir a história em 1987 com Fighting The World do Manowar. Artes diferentes, mas com o mesmo conceito. Para o Alabama Thunderpussy, porém, ele reservou uma surpresa mais astuta. Ofereceu-lhes a obra The Eve Of Legends, utilizada em 1987 pelos poloneses do Open Fire em Lwy Ognia. O LP dos polacos não chegou a sair oficialmente, no entanto, rodou o underground por décadas e ganhou destaque especialmente durante a inesquecível era do ‘tape trading’.
Destroyer (1976) - Kiss
Fighting The World (1987) - Manowar
A confusão acima descrita certamente não foi o único fator a abalar as estruturas do Alabama Thunderpussy. Todavia, envolveu-os em um lamaçal do qual eles não conseguiram se livrar. A péssima repercussão do álbum – por diversas causas, inclusive baixos índices de aceitação do público ao novo direcionamento musical do quinteto de Richmond – redundou em uma turnê cujos shows podemos contar nos dedos. Seis meses após Open Fire, o grupo encerrou mais de doze anos de atividades.
Em 2008, as “vítimas” destas curiosas “coincidências” foram o Evergrey da Suécia e o Ivanhoe da Alemanha. O primeiro, com Torn, precisava se redimir e superar o duramente criticado Monday Morning Apocalypse (2006). O segundo, com Lifeline, procurou reforçar os sinais que dera em Walk In Mindfields (2005): de que não se tratara somente de um efêmero nome cultuado na cena do Metal Progressivo durante a década de noventa.
Desta feita, os dois lados – os suecos com mais badalação e apoio que os alemães – atingiram seus objetivos. Talvez em razão das bases de fãs de cada um, pois, por incrível que pareça, o som dos escandinavos não é verdadeiramente abraçado pela maioria dos admiradores dos germânicos, e vice-versa. Ambos, entretanto, correram risco similar ao que tanto expôs o Alabama Thunderpussy no ano passado.
Lifeline (2008) - Ivanhoe
Torn (2008) - Evergrey
Devemos ressaltar, não obstante as semelhanças nas capas que você confere acima, que Mattias Norén, o aclamado designer gráfico de Evergrey e Ivanhoe, foi competente ao camuflar sua falta de criatividade. A impressão é de que vemos artes diferentes. Um olhar mais atento, contudo, revela-nos que a matriz é a mesma, assim como no caso de Kiss e Manowar.
De qualquer maneira, nada tão explícito quanto o embate que envolveu A Tribute To Insanity (1988) do Hexenhaus e Blessed Are The Sick (1991) do Morbid Angel, no qual a última banda citada simplesmente utilizou a mesma pintura da primeira: Les Trésors de Satan (1895) do simbolista belga Jean Delville (1867 – 1953).
A Tribute To Insanity (2008) - Hexenhaus
Blessed Are The Sick (1991) - Morbid Angel
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As explicações de Mattias Norén, Evergrey, Ivanhoe e mais artes “similares”..podem ser vistas e lidas neste link:
http://solada.wordpress.com/2008/12/22/explicacoes-de-mattias-noren-evergrey-ivanhoe-e-mais-artes-similares/#more-225