Ora bem, já que se fala dos melhores, também se deve falar dos piores (ou neste caso os que mais desiludiram) neste ano de 2008.
Para mim as bandas que mais me desiludiram este ano foram.
Opeth - Esperava outro album, talvez menos ambiental e mais in your face, com mais agressividade.
Trivium - O novo album falava-se que ia ser um regresso aos primórdios da banda (dos quais sou fã), mas...não passou disso...falar.
Meshuggah - Não achei o album tão inventivo como esperava, desiludiu-me mesmo.
Mas acima de tudo a minha maior desilusão do ano foi a organização do Alliance Fest...QUE PALHAÇADA...tudo bem que sei dos problemas que tiveram e que muitos se deveram segundo se consta às exigências de Moonspell, mas um festival com aquele cartaz não pode ter no primeiro dia,pessoal a pedir reembolsos pela demora e a atirar latas às bandas pelos atrasos. Depois como é óbvio é pôr os Tugas a tocar 3/4 músicas...para os "pesos pesados" terem tempo...mas como é óbvio também estes tiveram que reduzir o set list.
Oh pá a sério achei muito triste o que se passou e a peixeirada que a seguir se desencadeou entre os Moonspell e a Organização...enfim melhores dias virão.
Deixo aqui a história para quem não sabe:
Comunicado Organização:
Ainda na ressaca da primeira edição do Festival Alliance Fest é o momento de fazer balanço e autocrítica, de cara para o futuro e com espírito de superação pois é objectivo da organização converter o Alliance Fest num encontro anual para amantes do melhor metal.
O Festival Alliance Fest foi, acima de tudo, uma experiencia gratificante, tanto laboral como pessoal, entre a Prime Artists de Portugal e a Frontline de Espanha. Nos tempos que correm acreditamos importante destacar que é possível pensar num mundo onde as fronteiras são apenas linhas num mapa e não muros cada vez mais altos que nos separam e dividem.
Com o intuito de dar resposta às exigências técnicas de Moonspell, e para evitar que se cumprisse a ameaça de cancelamento que recebemos do grupo na mesma semana do festival, decidiu-se à última da hora trocar aspectos técnicos do festival, embora os restantes grupos já tivessem aprovado todo o plano de som e luz do Alliance Fest. Á luz dos acontecimentos do dia 8 reconhecemos que esta decisão foi um erro, pois foi tomada sob pressão dos Moonspell; quem mais sofreu as consequências foi o público e os restantes grupos. Apesar das dificuldades e com varias horas de atraso, conseguimos realizar o Alliance Fest. Shadowsphere cancelou a sua actuação em virtude de não conseguir compatibilizar o festival com os seus horários laborais e Kalashnikov informou-nos na manhã do dia 8 que um dos elementos do grupo sofrera um acidente de viação quando regressava de Espanha. Estas são as razões que recebemos por parte dos grupos. Aprendemos muito com a realização deste evento, especialmente no que respeita a grupos que consideram o êxito não pelo público que conseguem atrair, mas apenas pelos valores dos seus cachets e pelo número absurdo de cláusulas – por vezes contraditórias – dos seus contratos.
Desde já, gostaríamos de agradecer ao público pela sua paciência e compreensão face aos imprevistos ocorridos, assim como aos técnicos e profissionais da empresa de som e técnicos de Moonspell que procuraram resolver as dificuldades técnicas, embora o mal já estivesse feito e teria sido melhor para todos, tendo em conta os resultados obtidos, ter mantido as coisas como inicialmente previsto.
O dia 9, com três vezes mais público que o dia anterior, tudo funcionou sem problemas. Actuaram todos os grupos e chegámos a estar com 15 minutos de avanço sobre os horários previstos. Foi um dia tranquilo em que todos tivemos oportunidade de desfrutar de grandes actuações. Aqui se demonstrou que quando todos trabalham para alcançar um objectivo colectivo, como deverá ser um festival com varias bandas, os resultados são os esperados.
Mais uma vez agradecemos a todo o publico o apoio dado ao Alliance Fest e da nossa parte tomámos nota de todos os aspectos, positivos e negativos, para que a próxima edição do Alliance Fest seja melhor.
Pela organização,
Carlos Marreiros
..........................................................................................................................................
Comunicado Moonspell:
Na visão dos Moonspell o Alliance foi, pelo menos no nosso dia, um exemplo de como não organizar e preparar um festival. As maiores falhas que lhe apontamos:
- O desrespeito e a falta de informação ao público
- A consequente falta total de ambiente
- As insuficiências técnicas
- As soluções de recurso que não dignificam as bandas que por lá passaram e aceitaram tocar com condições que não se vieram a verificar.
Dizemos mais:
- Na Quarta Feira dia 6, no regresso do MetalHeads Mission, na Ucrânia, demos instruções para cancelar o concerto de Moonspell pois os promotores recusavam-se a cumprir com o rider acordado e anexo ao nosso contrato conforme acontece em todos os festivais que tocamos. Alegavam que não podiam cumprir , pois se tratava de um festival e não de um concerto de Moonspell. Nós compreenderiamos tal se a "solução" apresentada não tivesse sido a de colocar lá menos de metade do material que os Moonspell precisam para um concerto digno desse nome. Se se trata de um festival, o rider técnico deveria ser superior ao dos Moonspell, já que existem outras bandas, e nunca vimos, em toda a nossa experiência de festivais, coisa assim! Não se retira, adiciona-se quanto muito (!) quando há diversos espetáculos e bandas!!!
- A organização, com grande resistência, melhorou o equipamento e nós aceitámos ir tocar. Mal sabíamos que a equipa técnica (a sua maior parte) e a de PA não tinha qualificação profissional para um evento desta dimensão. Foi a equipa técnica dos Moonspell nas pessoas do nosso técnico de som e luzes que arranjaram soluções para o primeiro dia acontecer! Até hoje, nem um agradecimento da organização a eles! Tudo fruto do esquecimento de material sem o qual não se podia ligar o material de som (cabo multichord). Para quem faz festivais e trabalha no ramo, isto diz tudo
- Por isso e apesar da nossa insistências as condições de som não foram as melhores em nenhuma banda. Lamentamos.
Os Moonspel decidiram ir tocar, pois pensamos estarem reunidas as condições mínimas, mas nada nos podia preparar para o caos daquele dia, pois quem marca bandas como nós, Finntroll, Exodus ou Arch Enemy não pode, de forma alguma, encarar um festival desta forma e contratar empresas de som e luz que não o irão dignificar quanto mais possibilitar.
Uma palavra de respeito a todas as bandas que pouco ou muito pouco tocaram: a atitude foi unânime, vamos tocar porque as pessoas lá fora não têm culpa alguma. Nós revemo-nos nessa atitude e foi o que fizémos, demos a cara, o nosso melhor, apesar do ambiente e da falta de condições, pedimos desculpa, apesar de não termos que o fazer, demos satisfações a quem quis e pediu, falámos com todos os nossos amigos da bandas que lá estavam, tentando demonstrar que Portugal e o público Português, não é assim, nem trata as bandas assim (pelo menos,a sua grande maioria), e, sobretudo, não fingimos que estava tudo bem.
Há que haver respeito.
Quanto ao ambiente, compreendemos. Quanto aos arremessos de cerveja e bocas diversas aos Moonspell: são ambos um desperdício. Basta olha para o nosso fulgor em comparação com o estado das pessoas que o fizeram, dos seus amigos, dos seus foruns, dos seus concertos sem gente, das suas fracas existências.
E garantir-vos que os Moonspell e as pessoas que nos foram e irão ver no futuro, nunca mais passarão por situações tais. Aliás, desafio seja quem for a lembrar-se de situações assim num concerto de Moonspell em Portugal, tirando, os anos iniciais, caóticos para todas as bandas sem excepção. Orgulhamo-nos da nossa equipa, música e profissionalismo e o Rock in Rio, Coliseu, Hard Club, Maia Act, entre inúmeros outros são provas vividas e não meramente invenção.
No dia a seguir (voamos às 6.15 da manhã), o M'era Luna na Alemanha encarregou-se de nos limpar a alma.
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Enfim, tirem as vossas conclusões!
Para mim as bandas que mais me desiludiram este ano foram.
Opeth - Esperava outro album, talvez menos ambiental e mais in your face, com mais agressividade.
Trivium - O novo album falava-se que ia ser um regresso aos primórdios da banda (dos quais sou fã), mas...não passou disso...falar.
Meshuggah - Não achei o album tão inventivo como esperava, desiludiu-me mesmo.
Mas acima de tudo a minha maior desilusão do ano foi a organização do Alliance Fest...QUE PALHAÇADA...tudo bem que sei dos problemas que tiveram e que muitos se deveram segundo se consta às exigências de Moonspell, mas um festival com aquele cartaz não pode ter no primeiro dia,pessoal a pedir reembolsos pela demora e a atirar latas às bandas pelos atrasos. Depois como é óbvio é pôr os Tugas a tocar 3/4 músicas...para os "pesos pesados" terem tempo...mas como é óbvio também estes tiveram que reduzir o set list.
Oh pá a sério achei muito triste o que se passou e a peixeirada que a seguir se desencadeou entre os Moonspell e a Organização...enfim melhores dias virão.
Deixo aqui a história para quem não sabe:
Comunicado Organização:
Ainda na ressaca da primeira edição do Festival Alliance Fest é o momento de fazer balanço e autocrítica, de cara para o futuro e com espírito de superação pois é objectivo da organização converter o Alliance Fest num encontro anual para amantes do melhor metal.
O Festival Alliance Fest foi, acima de tudo, uma experiencia gratificante, tanto laboral como pessoal, entre a Prime Artists de Portugal e a Frontline de Espanha. Nos tempos que correm acreditamos importante destacar que é possível pensar num mundo onde as fronteiras são apenas linhas num mapa e não muros cada vez mais altos que nos separam e dividem.
Com o intuito de dar resposta às exigências técnicas de Moonspell, e para evitar que se cumprisse a ameaça de cancelamento que recebemos do grupo na mesma semana do festival, decidiu-se à última da hora trocar aspectos técnicos do festival, embora os restantes grupos já tivessem aprovado todo o plano de som e luz do Alliance Fest. Á luz dos acontecimentos do dia 8 reconhecemos que esta decisão foi um erro, pois foi tomada sob pressão dos Moonspell; quem mais sofreu as consequências foi o público e os restantes grupos. Apesar das dificuldades e com varias horas de atraso, conseguimos realizar o Alliance Fest. Shadowsphere cancelou a sua actuação em virtude de não conseguir compatibilizar o festival com os seus horários laborais e Kalashnikov informou-nos na manhã do dia 8 que um dos elementos do grupo sofrera um acidente de viação quando regressava de Espanha. Estas são as razões que recebemos por parte dos grupos. Aprendemos muito com a realização deste evento, especialmente no que respeita a grupos que consideram o êxito não pelo público que conseguem atrair, mas apenas pelos valores dos seus cachets e pelo número absurdo de cláusulas – por vezes contraditórias – dos seus contratos.
Desde já, gostaríamos de agradecer ao público pela sua paciência e compreensão face aos imprevistos ocorridos, assim como aos técnicos e profissionais da empresa de som e técnicos de Moonspell que procuraram resolver as dificuldades técnicas, embora o mal já estivesse feito e teria sido melhor para todos, tendo em conta os resultados obtidos, ter mantido as coisas como inicialmente previsto.
O dia 9, com três vezes mais público que o dia anterior, tudo funcionou sem problemas. Actuaram todos os grupos e chegámos a estar com 15 minutos de avanço sobre os horários previstos. Foi um dia tranquilo em que todos tivemos oportunidade de desfrutar de grandes actuações. Aqui se demonstrou que quando todos trabalham para alcançar um objectivo colectivo, como deverá ser um festival com varias bandas, os resultados são os esperados.
Mais uma vez agradecemos a todo o publico o apoio dado ao Alliance Fest e da nossa parte tomámos nota de todos os aspectos, positivos e negativos, para que a próxima edição do Alliance Fest seja melhor.
Pela organização,
Carlos Marreiros
..........................................................................................................................................
Comunicado Moonspell:
Na visão dos Moonspell o Alliance foi, pelo menos no nosso dia, um exemplo de como não organizar e preparar um festival. As maiores falhas que lhe apontamos:
- O desrespeito e a falta de informação ao público
- A consequente falta total de ambiente
- As insuficiências técnicas
- As soluções de recurso que não dignificam as bandas que por lá passaram e aceitaram tocar com condições que não se vieram a verificar.
Dizemos mais:
- Na Quarta Feira dia 6, no regresso do MetalHeads Mission, na Ucrânia, demos instruções para cancelar o concerto de Moonspell pois os promotores recusavam-se a cumprir com o rider acordado e anexo ao nosso contrato conforme acontece em todos os festivais que tocamos. Alegavam que não podiam cumprir , pois se tratava de um festival e não de um concerto de Moonspell. Nós compreenderiamos tal se a "solução" apresentada não tivesse sido a de colocar lá menos de metade do material que os Moonspell precisam para um concerto digno desse nome. Se se trata de um festival, o rider técnico deveria ser superior ao dos Moonspell, já que existem outras bandas, e nunca vimos, em toda a nossa experiência de festivais, coisa assim! Não se retira, adiciona-se quanto muito (!) quando há diversos espetáculos e bandas!!!
- A organização, com grande resistência, melhorou o equipamento e nós aceitámos ir tocar. Mal sabíamos que a equipa técnica (a sua maior parte) e a de PA não tinha qualificação profissional para um evento desta dimensão. Foi a equipa técnica dos Moonspell nas pessoas do nosso técnico de som e luzes que arranjaram soluções para o primeiro dia acontecer! Até hoje, nem um agradecimento da organização a eles! Tudo fruto do esquecimento de material sem o qual não se podia ligar o material de som (cabo multichord). Para quem faz festivais e trabalha no ramo, isto diz tudo
- Por isso e apesar da nossa insistências as condições de som não foram as melhores em nenhuma banda. Lamentamos.
Os Moonspel decidiram ir tocar, pois pensamos estarem reunidas as condições mínimas, mas nada nos podia preparar para o caos daquele dia, pois quem marca bandas como nós, Finntroll, Exodus ou Arch Enemy não pode, de forma alguma, encarar um festival desta forma e contratar empresas de som e luz que não o irão dignificar quanto mais possibilitar.
Uma palavra de respeito a todas as bandas que pouco ou muito pouco tocaram: a atitude foi unânime, vamos tocar porque as pessoas lá fora não têm culpa alguma. Nós revemo-nos nessa atitude e foi o que fizémos, demos a cara, o nosso melhor, apesar do ambiente e da falta de condições, pedimos desculpa, apesar de não termos que o fazer, demos satisfações a quem quis e pediu, falámos com todos os nossos amigos da bandas que lá estavam, tentando demonstrar que Portugal e o público Português, não é assim, nem trata as bandas assim (pelo menos,a sua grande maioria), e, sobretudo, não fingimos que estava tudo bem.
Há que haver respeito.
Quanto ao ambiente, compreendemos. Quanto aos arremessos de cerveja e bocas diversas aos Moonspell: são ambos um desperdício. Basta olha para o nosso fulgor em comparação com o estado das pessoas que o fizeram, dos seus amigos, dos seus foruns, dos seus concertos sem gente, das suas fracas existências.
E garantir-vos que os Moonspell e as pessoas que nos foram e irão ver no futuro, nunca mais passarão por situações tais. Aliás, desafio seja quem for a lembrar-se de situações assim num concerto de Moonspell em Portugal, tirando, os anos iniciais, caóticos para todas as bandas sem excepção. Orgulhamo-nos da nossa equipa, música e profissionalismo e o Rock in Rio, Coliseu, Hard Club, Maia Act, entre inúmeros outros são provas vividas e não meramente invenção.
No dia a seguir (voamos às 6.15 da manhã), o M'era Luna na Alemanha encarregou-se de nos limpar a alma.
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Enfim, tirem as vossas conclusões!